quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Horizonte


Olá, o que dizer a esta vastidão blogosférica que se abre ante mim? Para quem não me conhece, um poema de minha autoria que diz muito sobre quem eu sou e o que quero do universo:

Inanição

O vento suprime os insterstícios dos nadas deste mundo.
Solidária, submeto-me às sevícias de todos os paraísos
e haréns e, sem resistir, deixo-me tomar por volutas
prenhes de hedonismo e por sendas intransponíveis.

Guio meus passos por expectativas inesperadas.
Sigo. Alguns escolhos. Insisto. Tombo. Ergo-me. Continuo.
Difícil, o caminho. Não desisto. Prossigo. Tropegamente, porém.
E avanço. E avanço.
Para onde? Porquê? Com que fim?

E se o fim não é o que almejo?
E se a recompensa não merece o esforço?
E se o desfecho se transforma em desilusão?

Placidamente, sento-me naquela pedra a que chamo irmã,
e choro os meus medos.

Desnudei minh'alma. Mergulhem!